Em algum momento da sua vida você descobre que tem um talento, seja muito jovem, na meia idade ou na velhice, você simplesmente percebe que é verdadeiramente bom em algo. No meu caso, foi na infância, quando eu tinha 9 anos notei que era muito boa em artes... primeiro a música, e depois o gosto por desenho — sempre me senti abençoada por isso, mas parecia que ainda não estava completo, faltava algo... então, em mim, se desenvolveu a escrita, e me apaixonei, todavia, como toda paixão, iniciaram-se os meus problemas. Há quase 12 anos decidi virar escritora, e me joguei de cabeça na fabrica dos sonhos — uma fé constante de realizar meu desejo passou a tomar conta da minha mente e do meu coração. Iluminada por um grande projeto, considerava ter tido a ideia perfeita, a ideia que todos comprariam... a ideia que todos iria quer, mas na real, tudo está se mostrando diferente... desinteressante... Talvez por eu ser pobre, ainda sem graduação e filha de trabalhadores humildes, porém, isto nunca me envergonhou, porque acreditava que poderia mudar minha vida e a dos meus pais conquistando o mundo do meu jeito — Deus, como sou ingênua.
A desesperança toma conta de mim vendo meu sonho ruir... não tenho forças para mantê-lo de pé, e isto me entristece. Nos meus devaneios, me pergunto do por que tenho este dom... do por que isto faz parte de mim, e o pior é que sei que não sou a única, pessoas como eu não têm oportunidades sem se matar por um ideal... sem sacrifícios que lhe deixaram marcados pro resto da vida, então uma questão se forma: Para que vou escrever? Somente para um pequeno grupo de amigos? Me pecado foi acreditar que eu era especial... que grande erro!
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